sábado, 26 de março de 2011

Carl Panzram


Carl Panzram foi um assassino, ladrão, incendiário e estuprador, que agiu nos Estados Unidos e na Angola. Panzram nasceu no dia 28 de junho de 1891, no estado norte-americano de Minnesota. Ele fazia parte de uma família de imigrantes, na qual tinha seis irmãos.

Quando tinha 7 anos seu pai abandonou a sua mãe. Com apenas 8 entrou para a vida do crime. Aos 11 foi levado para um reformatório no qual ficou por dois anos, ao lado de cerca de outros 300 jovens. Lá, apanhou e foi sodomizado várias vezes, inclusive por líderes religiosos. Em 1905, ao sair, deixou um dispositivo armado para incendiar a instituição.

Na adolescência Carl fantasiava promover homicídios em massa e quando na escola teve um professor que o agredia, levou uma arma com a intenção de matá-lo, mas, numa briga com ele, acabou perdendo o revólver.

Poucos dias depois, com 14 anos ele fugiu de casa. Roubava, mendigava e dormia em qualquer lugar, nesta época foi violentado por vários homens. Após outro crime, foi novamente parar em um reformatório no qual matou um policial, o atingindo na cabeça com um pedaço de madeira. Depois desse episódio fugiu com um colega e passou a roubar tudo o que podia, incluindo até igrejas, que eram incendiadas depois.

Logo que se separaram, Panzram começou a usar outros nomes. Mentiu sua idade quando tinha 16 anos e entrou para Exército onde recebeu uma punição logo no primeiro dia, roubava lá dentro e foi condenado a três anos de serviços forçados em uma penitenciária federal. Não adiantou muito, pois Carl não obedecia as regras de lá também e sempre era castigado.

Chegou a queimar uma parte da prisão, mas não foi descoberto. Por outras razões, tinha que carregar uma bola de ferro presa ao pé, mesmo quando trabalhava 10 horas por dia, 7 dias por semana, quebrando pedras. Saiu em 1910. Foi preso mais algumas vezes, em alguns outros locais, mas sempre fugia. Declarou que não era seletivo com suas vítimas, bastava que fossem seres-humanos. Certa vez estuprou um policial que tentou extorqui-lo e não desenvolveu um interesse maior por mulheres, nas prisões sodomizava os colegas.

Em uma destas prisões, preencheu na sua ficha de admissão a profissão "ladrão". Apesar das punições serem cada vez maiores, seu comportamento não mudava.


Roubou a casa de William H. Taft, ex-presidente dos EUA, e com o dinheiro que conseguiu vendendo as coisas roubadas comprou um iate. Com isso, atraia marinheiros oferecendo trabalho e então os violentava, matava e jogava no mar. Um dia a embarcação bateu e naufragou, dois marinheiros o resgataram.

Em 1921 estava na Angola. No ano seguinte estuprou e matou um garoto de apenas 12 anos esmagando sua cabeça com uma pedra. Em uma ocasião matou seis pessoas de uma só vez, sem motivo, e jogou os corpos aos crocodilos. Teve que fugir porque muitas pessoas tinham visto ele com os negros. Foi para Portugal, mas lá já era procurado, então rumou de volta para os Estados Unidos.

Continuou a roubar, matar e fugir. Roubou outra embarcação, essa pertencia a um comissário da polícia. Repintou e mudou o nome. Usando a arma que achou neste barco, matou mais uma pessoa – além de ter sodomizado outra, que o denunciou. Foi preso pouco depois. Arranjou um advogado dizendo que no seu barco havia muito dinheiro e que lhe daria após sair da prisão. Depois de ser posto em liberdade fugiu e o advogado descobriu que o barco era roubado.

Depois de várias prisões, em uma de suas fugas quebrou as pernas e foi operado, nessa operação lhe tiraram um testículo. Quando voltou para a cadeia ficou na solitária por alguns meses. Assim que cumpriu sua pena de 5 anos e voltou as ruas matou outra pessoa sendo assim preso mais uma vez, a primeira na qual deu seu nome verdadeiro. Foi lá que teve contato com Henry Lesser, um guarda que se interessou por suas histórias o perguntou sobre seus crimes, ele respondeu: "O que eu faço é reformar as pessoas."

Tendo confessado seus crimes ele recebeu uma pena de 25 anos quer era para ser cumprida na Penitenciária Federal Leavenworth. "Eu vou matar o primeiro homem que me incomodar", disse Panzram. Em 20 de junho de 1929 ele matou Robert Warnke, capataz da lavanderia da prisão, o espancando até a morte com uma barra de ferro.

Panzram foi condenado à morte e se recusou a apelação, chegou a escrever uma carta ao presidente dizendo que não queria outro julgamento, e que estava plenamente satisfeito com aquele. "Eu me recuso absolutamente a aceitar perdão ou uma mudança na pena."

Carl foi enforcado em 5 de setembro de 1930. Quando perguntado pelo carrasco se ele tinha algumas últimas palavras, Panzram vociferou: "Anda logo, seu bastardo! Eu poderia matar dez homens enquanto você está aí brincando!"

Frases de Carl Panzram
“Em minha vida assassinei 21 seres humanos. Cometi dezenas de arrombamentos, roubos, furtos; provoquei incêndios e por ultimo, mas não menos importante, cometi sodomia em mais de mil seres humanos do sexo masculino. Por todas estas coisas não estou nem um pouco pesaroso.”

“Eu amo tanto Jesus que quero crucificá-lo novamente.”

“A minha vida inteira eu tenho quebrado cada lei que já foi feita pelos homens ou por Deus. E se tivessem feito mais, eu as quebraria também.”

“Eu certamente quero agradecê-lo, juiz, apenas me deixe colocar as mãos em volta do seu pescoço por 60 segundos e você nunca mais sentará como juiz em um tribunal.”

“Eu quero ser enforcado e não quero nenhuma interferência sua ou de tipos como você. Eu sei tudo sobre o mundo e sobre a natureza diabólica do homem, e não quero bancar o hipócrita. Estou orgulhoso de ter matado alguns e arrependo-me de não ter matado mais.”

“Estou dizendo que sou responsável e culpado e quanto mais rápido me enforcarem melhor será e mais contente ficarei. Então não tente interferir nisso."

“Eu tenho sido um animal desde que nasci. Eu era um ladrão e um mentiroso.”

Filme
Killer - Confissões de um Assassino (1996): Em 1929, um jovem judeu vai trabalhar como carcereiro na prisão de Leavenworth, onde fica amigo de um prisioneiro, Carl Panzram, assassino confesso que lhe confia um livro autobiográfico.