sábado, 27 de agosto de 2011

Pedrinho Matador


Pedro Rodrigues Filho, vulgo Pedrinho Matador, nascido em Santa Rita do Sapucaí (MG), em 1954 é um psicopata, considerado o maior serial killer brasileiro.

Matou pela primeira vez aos 14 anos e seguiu matando, hoje é considerado culpado de mais de 100 homicídios, incluindo o do próprio pai. Cerca de metade de suas vítimas foram mortas dentro dos presídios pelos quais passou. Ainda não respondeu por todos os crimes, mas já foi condenado a quase 400 anos de prisão, a maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil.

1º crime
Pedrinho nasceu com o crânio ferido, resultado de chutes que o pai acertou na barriga da mãe durante uma briga. Conta que teve vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos. Numa briga com um primo mais velho, empurrou o rapaz para uma prensa de moer cana. Ele não morreu por pouco.

Aos 14 anos ele matou o vice-prefeito de Alfenas (MG), por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época acusado de roubar merenda escolar. Depois matou outro vigia, que supunha ser o verdadeiro ladrão. Refugiou-se em Mogi das Cruzes (SP), onde começou a roubar bocas de fumo e a matar traficantes.

Conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. 'Contratou' soldados e montou o próprio negócio.


Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de 7 mortos e 16 feridos. O assassino ainda não tinha completado 18 anos.

Ainda em Mogi, executou o próprio pai numa cadeia da cidade, depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho veio com atos de canibalismo: além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço.

Pedrinho pisou na cadeia pela primeira vez em 1973 e ali viveu toda a idade adulta. Em 2003, apesar de já ter sido condenado a 126 anos de prisão, esteve para ser libertado, pois a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos atrás das grades. Mas, por causa de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017 Pedrinho contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté.

Por ser contra a violência e abuso sexual contra mulheres, Pedrinho afirmou: "Vou matar o motoboy", se referindo ao Maníaco do Parque, um estuprador brasileiro, também muito conhecido. Promessa que não foi cumprida...

Certa vez, numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã. "Ele era meu amigo, mas eu tive de matar."


Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um fenômeno de sobrevivência no duro regime carcerário. Dificilmente um encarcerado dura tanto tempo. Matou e feriu dezenas de companheiros para não morrer. Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr os outros dois. Matou um colega de cela porque 'roncava demais' e outro porque 'não ia com a cara dele. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar , tatuou no braço esquerdo: 'Mato por prazer'

Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de psicopata - alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Os psiquiatras que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era 'a afirmação violenta do próprio eu'. Diagnosticaram 'caráter paranóide e anti-socialidade'.

Após permanecer 34 anos na prisão, foi solto em 2007. Informações da inteligência da Força Nacional de Segurança indicam que ele foi para Fortaleza, no Ceará. Porém seu paradeiro na capital cearense é desconhecido desde então.
UPDATE: Entrevista do Pedrinho Matador, em 2011. No vídeo, entre outras coisas, ele desmente que teria comido o coração de seu pai: